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No Habitat de uma Introvertida

Aqui partilho com o mundo tudo o que me inspira e faz parte da minha vida criativa. E se és introvertido/a é provável que aqui te sintas em casa. "I have no special talents. I am only passionately curious." - Albert Einstein

No Habitat de uma Introvertida

Aqui partilho com o mundo tudo o que me inspira e faz parte da minha vida criativa. E se és introvertido/a é provável que aqui te sintas em casa. "I have no special talents. I am only passionately curious." - Albert Einstein

Seg | 30.04.18

A Arte Subtil de Saber Dizer Que Se F*da

Sandra Sequeira

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No seguimento do meu último post, não podia deixar de sugerir O LIVRO!

 

The Subtle Art of Not Giving a F*ck de Mark Manson, que já tem a versão portuguesa: A Arte Subtil de Saber Dizer Que Se F*da (um mês depois de eu o ter comprado na versão inglesa... oh, well...).

 

Este é o livro que te faz "baixar à terra". É estalada, atrás de estalada... murro atrás de murro... Um verdadeiro sacudidão!

 

Um dos livros mais fáceis de ler e hilariantes que tive nas mãos nos últimos tempos (pelo menos se gostas daquele humorzinho sarcástico; eu adoro).

 

É preciso alguma mestria/inteligência para nos darem "porrada" e ainda nos fazerem rir... Estás de parabéns, Mark!!!

 

Mesmo para aqueles que não gostam de ler, juro que este é de uma facilidade extrema.

 

E se andavas preocupado/a com "coisinhas estúpidas", ele arruma logo com isso!

 

Contrariamente a todos os livros de Desenvolvimento Pessoal, este autor diz-nos que "a chave" para sermos mais felizes é parar de ser sempre positivo.

 

Sim, leram bem: PARAR DE SER SEMPRE POSITIVO! 

 

Em vez disso, ele sugere que passemos a lidar melhor com a adversidade

 

Só pelo nome dos capítulos, percebe-se logo que este não é um livro banal de motivação. Ora vejamos:

 

Capítulo 1 - Não tentes

Capítulo 2 - A Felicidade é um problema

Capítulo 3 - Tu Não és Especial

...

 

Ok, não acho certo estar a ser spoiler, desta forma. Vou deixar que sejam vocês a descobrir quais os outros capítulos fora do comum deste livro. 

 

E, sim, eu sei que vos posso estar a desmotivar, porque o livro parece "estúpido", mas eu garanto que é brilhante!

 

Eu GARANTO que vocês PRECISAM deste livro!!!

 

Eu tenho muitos livros... mas se, num grande infortúnio, só pudesse salvar três, este era um deles. (Por favor, não me peçam para escolher só um... porque eu ía àquela estante e pegava era neles todos de braçada e fosse o que Deus quisesse!).

 

A perspetiva que o Mark Manson nos dá, neste livro, é uma verdadeira "lufada de ar fresco" num mundo que anda um BOCADINHO obcecado pelo sucesso, pela competitividade e pelo perfeccionismo.

 

Sou só eu, ou isto é um BOCADINHO cansativo?...

 

Eu confesso que já acho isto cansativo desde a Escola Primária... Ninguém quer ser o último a acabar de resolver uma banal conta de dividir!...

 

E no Secundário?... Ninguém gosta de ser o último a ser escolhido para a equipa de voleibol (mas eu compreendo que ninguém me quissesse na sua equipa; eu nunca me escolheria a mim própria, se quisesse sequer que a bola passasse para o outro lado da rede; no hard feelings colegas de turma)!

 

E no trabalho???...  Ui, ui, ui... You better be freaking great (because you need those euros coming...)!!! 

 

Mas será mesmo "o fim do mundo" se não formos "os melhores/os mais bem sucedidos"?... 

 

Valerá tanto sofrimento e auto crítica?... 

 

O certo é que é este livro tem a capacidade de retirar todo o valor que dás às coisas que não têm valor algum.

 

Não é que nada tenha valor... TEM. Mas tens é de escolher, MAS ESCOLHER BEM, as coisas que devem merecer o teu foco.

 

E ele não se posiciona aqui como um "iluminado", pelo contrário. Ele diz que sabe tanto como eu e vocês, ou seja, NADA!

 

Por maiores que sejam os nossos egos, por mais coisas que possamos conseguir ao longo da vida, o capítulo final é sempre o mesmo... e não é diferente neste livro:

 

Capítulo 9 - ... e então morremos. (Sorry about this HUGE last spoiler!!!)

 

Deixo-vos uma das minhas passagens preferidas do livro:

 

"Look, this is how it works. You´re going to die one day. I know that´s kind of obvious, but just in case you´d forgotten. You and everyone you know are going to be dead soon. And in the short amount of time between here and there, you have a limited amount of fucks to give. Very few in fact. And if you go around giving a fuck about everything and everyone without conscious thougt or choice - well, then you´re going to get fucked."

 

Um autêntico wake up call, sem filtro (bastaria ter colocado esta frase no post para definir este livro).

 

Um livro a ler e reler várias vezes ao longo da vida para "acordar", sempre que ficamos "dormentes".

 

Podem ver aqui a entrevista (que me deu a conhecer este livro) que o autor Mark Manson deu à Maria Forleo (Life Coaching que tem um Canal de YouTube): https://www.youtube.com/watch?v=FCp5mu9P13Q

 

E se alguém por aí ficou curioso por ler o livro, fica aqui o link onde o podem encontrar (versão portuguesa): https://www.wook.pt/livro/a-arte-subtil-de-saber-dizer-que-se-f-da-mark-manson/21260215

 

Há por aí alguém que já tenha lido e queira deixar as suas impressões? Deixem-me saber nos comentários abaixo ;) 

 

Boas leituras!

 

 

 

Seg | 23.04.18

Lidar com a adversidade...

Sandra Sequeira

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Antes de mais, um grande ALERTA VERMELHO,

porque este talvez seja o post mais sem filtro que vão ver neste Habitat!!!

 

Hoje partilho aqui um texto que escrevi há um ano atrás, e que publiquei na minha página de facebook, numa fase especial da minha vida, bem marcada pela adversidade...

 

Nessa altura, encontrei, por mero acaso, um vídeo de uma entrevista a um blogger, acerca de um livro que ele escreveu, baseado num post que ele publicou na sua página em 2015 e BAM!!!

 

Era exatamente aquilo!

 

As emoções corriam e o ímpeto de escrever foi forte (tão característico dos introvertidos)...

 

Daquela força que te sai das entranhas pelos dedos fora, transportando-te para um verdadeiro estado frenético, em que depois quem paga são as teclas do computador. 

 

My kind of adrenaline!

 

E atenção, que não é, de todo, um texto extraordinário (nem este, nem outros que eu já escrevi e que não sei se algum dia serão expostos à luz da blogosfera)! Mas é crú de tão autêntico. E escrever nesse estado de autenticidade é um momento de catarse fantástico!!! 

 

Escrever, para mim, sempre foi terapêutico.

 

E foi uma pena, nessa altura, ainda não ter criado este espaço, que seria bem mais indicado para esta partilha do que na minha página pessoal de facebook.

 

Porque eu não pretendo, com este blog, criar apenas um espaço de unicórnios, arco-irís e algodão doce...

 

Este blog é um abraço à autênticidade, com qualidades e defeitos! Isso envolve humor, sarcasmo, alegria, revolta, cor e preto no branco.

 

Hoje é mais preto no branco mesmo (e se calhar é mais preto que branco)! :P

 

Aqui fica registado esse momento crú, de há um ano atrás (e volto a alertar que não é um texto politicamente correto!!!):

 

Algumas pessoas têm demonstrado uma certa admiração pela minha atitude positiva face a situações negativas...


Afinal, porque é que eu lido tão bem com a adversidade?

 

Because (subtilmente) I DON´T GIVE A F*CK!

 

Não existe nenhum segredo. É apenas uma arte que se aprende.

 

Não é que eu seja indiferente às situações ou que não sofra com elas (isso seria uma forma de negação e não é assim que se resolvem problemas); é aceitar e estar confortável com a adversidade.

 

Por mais bem sucedida que pensemos ser a nossa vida, shit happens!!!

 

Querer estar sempre bem é a coisa mais irrealista a que se pode aspirar na vida. E é perfeitamente estúpido pensar que isso é possível.

 

Não vamos estar sempre bem.

 

Não vamos agir sempre bem.

 

Nem sempre vão agir bem connosco.

 

THAT´S LIFE!!!

 

Get the f*ck over it!

 

Para quê perder tempo a culpar as pessoas?...

 

Para quê perder tempo a culpar-nos a nós próprios?...

 

Eu vejo pessoas que "semeiam ventos e colhem tempestades" e depois queixam-se que os outros é que lhes lixam a vida. Mas vou-lhes dar alguma lição de moral? Não.

 

Because I DON´T GIVE A F*CK!

 

Cada um tem a sua própria jornada e as suas lições a aprender (se quiser).

 

Eu tomo responsabilidades pelas "merd@s" que atraio para a minha vida.

 

Algumas pessoas, ao ler este post, vão pensar: Mas "esta" porque é que não escreve tudo em português e "inglésa" no meio das "porcarias" que escreve?..." - Well, I DON´T GIVE A F*CK!

 

"E porque é que ela usa a página de facebook dela como se fosse um blogue e escreve estas "porcarias" para aqui?..." - Again, I DON´T GIVE A F*CK (embora a ideia de um blogue não fosse má...)!

 

A QUESTÃO É: sermos honestos connosco próprios e escolhermos as coisas que valem realmente a pena darmos a nossa atenção, o nosso esforço, a nossa luta e o nosso sofrimento.

 

Vou dar atenção ao facto de terem agido mal comigo, ou vou dar atenção àquilo que tenho de fazer para concretizar os meus objetivos?

 

Vou dar atenção a um sentimento de culpa (martirizar-me ou vitimizar-me e culpar tudo e todos) porque agi mal com alguém, ou vou dar atenção ao que tenho de fazer para agir e ser melhor?

 

Sim, todos nós caímos de vez em quando.

 

F*CK THAT!!!

 

Vou levantar-me e, mesmo com nódoas negras, vou ir para onde quero!

 

Se tiver que desiludir alguém, I DON´T GIVE A F*CK.

 

Se tiver que perder algumas coisas para viver mais de acordo com a minha essência, I DON´T GIVE A F*CK.

 

Se tiver que ouvir que sou uma egoísta alíenada, guess what?!?... Yeap. Isso mesmo que devem estar a pensar!

 

A adversidade é a chave para o nosso auto-conhecimento e evolução.

 

Ela diz-nos coisas sobre nós próprios que preferíamos não saber e indica-nos caminhos difíceis de percorrer...

 

É como uma super-heroína que "nos bate à porta e estraga a festa"... mas no fim, damos-lhe um aperto de mão e agradecemos pela lição, pelas mudanças que ela trouxe à nossa vida e principalmente por nos ter forçado a ver mais um pouco do nosso verdadeiro potencial (tantas vezes adormecido por não sairmos da nossa zona de conforto).

 

Posto isto, há um "gajo" chamado Mark Manson que nos revela a teoria desta arte que eu, curiosamente, já ponho em prática (ontem é que me deparei com ele no youtube, numa entrevista que ele deu sobre o livro que ele escreveu: The Subtle Art of Not Giving a F*ck, inspirado num artigo que ele escreveu há pouco mais de dois anos atrás).

 

Fica aqui o artigo que ele tem no site dele e que eu recomendo (porque ao contrário deste post THAT NO ONE SHOULD GIVE A F*CK ABOUT, o artigo dele é absolutamente hilariante and eye oppening): https://markmanson.net/not-giving-a-fuck 

 

Sim, a coisa estava intensa!... 

 

E confesso que eu estava revoltada com a falta de bom senso e a falha em assumir responsabilidades que via em algumas pessoas que, de alguma forma, passaram pela minha vida, ao passo que outras insistiam em desresponsabilizar-me por situações em que eu estava envolvida lembrando-me o quanto "impecável" eu era...

 

Só que eu há muito tempo que assimilei um facto da vida muito simples: não existem "vítimas" ou "carrascos". É o nosso ego que cria essas definições. Nós magoamos e somos magoados. Somos Luz e Sombra. Prevaleçe o lado a que damos força, ou que nos é mais natural... 

 

Seja qual for a situação que vem ao nosso encontro, nós temos sempre a nossa quota de responsabilidade. Ou assumimos, ou deixamos o nosso Ego assumir o controlo da situação. E quando este "menino" (o Ego) entra em acção, tudo na vida é culpa dos outros e nós somos perfeitos (só que não) ou somos uns mártires e os outros fizeram todos complô para nos lixar a vida na Terra (camon... O Ego é um dramático do caraças)!

 

True story: a vida às vezes é uma porr@. Mas vamos respirar fundo, assumir isso mesmo e fazer melhor no dia a seguir, ok?

 

E talvez isso implique mudanças... Porque na adversidade temos dois caminhos: o da lamentação e o da mudança.

 

O da lamentação, já sabes que não te leva a lugar nenhum.

 

O da mudança leva-te a algum lado... Podes não saber muito bem para onde... Mas à distância de um ano, eu digo que vale a pena fazer a viagem! ;)

 

E reforço novamente a recomendação que fiz nessa altura: o artigo do Mark Manson é mesmo muito, muito bom!!! Vale a pena reservarem uns minutos para irem até lá. :)

 

 

Imagem: Blog do Mark Manson (Sorry Mark, but I had to borrow your cat for my post!... :P )

 

 

Seg | 16.04.18

Criatividade: é para viver já!

Sandra Sequeira

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Peguem num bom copo de vinho ou chávena de chá, ou café (o que seja que vos faça mais felizes) e acomodem-se, que hoje vamos falar de CRIATIVIDADE.

 

...

 

...

 

...

 

(Sim, foi uma "branca". É isto que acontece quando a criatividade apenas vive na nossa cabeça e não a exercitamos; quando vamos tentar fazê-lo de forma intencional, quando fazemos aquela tentativa de exteriorização, a inspiração dá aquela risada de gozo, carrega fundo no acelerador e deixa-nos na berma da estrada, com um ar muito estúpido...)

 

Nós somos seres criativos. Todos nós (mesmo aqueles que se consideram demasiado práticos, ou físicos)!

 

A criatividade é toda a nossa maneira de estar na vida. Desde a forma como organizas a tua casa, até à forma como resolves um problema no trabalho.

 

Nós somos obras de arte em permanente construção e raramente nos consciencializamos verdadeiramente disso. O que é uma pena!

 

Foi-nos dada uma licença temporária para viver neste planeta e, contudo, a tendência é vivermos maquinalmente, sem aproveitarmos ao máximo o que está à nossa disposição e, principalmente, as nossas próprias ferramentas, para acrescentar valor a esta experiência.

 

Quantos de nós, passados uns 20 anos desde que saímos da Escola/Faculdade, trabalhamos, constituímos família e pensamos: "Bolas, devia ter tirado aquela licenciatura em Inglês e estava agora sentada em casa a fazer traduções no meu pc, com flexibilidade de horários, para poder fazer outras mil e uma coisas que adoro." (Conheço alguém assim...)

 

Ou: "Bolas, devia ter tirado aquele curso de Jardinagem em vez de só o poder fazer nas horas vagas."

 

Ou pior! Nem sequer nas horas vagas o fazer!!!

 

Ultimamente, tenho sentido que é uma enorme perda quando deixamos morrer os nossos talentos. E isso acontece porque nos preocupamos com a "estabilidade" (nós vivemos numa bola gigante, suspensa no sistema solar, mas ok...). E, claro que isso tem muito a ver com a nossa cultura. A importância do "ter" e da "segurança" está muito enraizada na cultura dos nossos pais e foi isso que nos transmitiram (a geração dos 80 que me desminta, se eu estiver errada).

 

Da minha experiência pessoal, quando no 9º ano fiz os testes psicotécnicos, o que é que me saiu na rifa: Artes. ARTES?!?... What?... Estamos nos anos 90, na Ilha de São Jorge, Açores (a internet a dar os primeiros passos na minha escola). Não vou entrar em pormenores, mas a minha família era definitivamente pobre; o que é que eu ía fazer em Artes?... Com o pouco (nada) que sabia do mundo naquela altura, foi quase instantâneo o descartar de seguir algo tão "intangível".

 

Vai daí, o que é que a pessoa faz? Na altura, com poucas opções, mete-se num Curso Tecnológico de Animação Social (só para fugir à Matemática e às Ciências).

 

Vale lembrar que a pessoa é INTROVERTIDA! Introversão versus Animação Social. Grande escolha, sim senhora. What the hell were you thinking???...

 

E é o sobrevalorizar da "estabilidade" e este desacreditar na possibilidade da vivência dos nossos dons que nos leva a deixar para trás pedaços importantes daquilo que somos e, pior que tudo, ocupar tanto tempo da nossa vida em algo que não faz parte da nossa natureza.

 

É que passar um terço do nosso dia a fazer algo que não nos é agradável, é uma grande chatice e um enorme desperdiçar de vida!

 

Dito isto, é perfeitamente possível ser feliz com os nossos dons nas horas vagas e ter um trabalho das 09h00 às 18h00, que nada tenha a ver.

 

Podem até dizer-me que, na maioria das vezes, é a alternativa que temos, dependendo do meio onde vivemos... mas eu, cada vez mais, acredito que o que às vezes falta é um pouco de CRIATIVIDADE e CORAGEM de fazer a vida que gostaríamos... porque mesmo na nossa vida ideal, nada é sem esforço, dedicação e sacrifício.

 

É que, se calhar, não podemos ter tudo...

 

E do que é que estamos dispostos a abir mão?...

 

Será que vale a pena sacrificar 1760 horas (por ano) da nossa vida, para termos dinheiro para fazer uma vida dentro dos parametros da sociedade atual (comprar carro, comprar casa, fazer uma viagem por ano, nem que seja "férias cá dentro"..., ter uma bimby, ter o melhor telemóvel que o orçamento der, pagar umas rodadas de bebidas aos amigos, aos fins-de-semana, "naquele bar" e comprar uns berloques para meter na pulseira da "Pandora"...)? 

 

Ou será que vale a pena simplesmente ser feliz nessas mesmas 1760 horas, a fazer algo que realmente nos dê prazer, e não ir viajar a lado nenhum, nem ter casa própria, nem nada dessas coisas que nos fazem acreditar que "precisamos"?... 

 

Numa palavra: DESAPEGO.

 

Ou tens o desapego suficiente pelos teus talentos para que possas sentir-te realizado com um trabalho que pode não ser o ideal para ti, mas que, de alguma forma, ajuda alguém e vens para casa com o sentimento de dever cumprido e vives os teus talentos no departamento dos hobbies; ou tens o desapego "pelas coisas" e vives os teus talentos a tempo inteiro, mesmo que isso não te permita o melhor dos confortos.

 

E eu ainda posso ser mais realista... Essas 1760 horas, a serem remuneradas com o ordenado mínimo em Portugal, não dão para grandes confortos ou fazeres muitos planos de viagens (you better forget the bimby, babe)... 

 

Seja como for, o que acho importante é que não deixemos perder o que nos dá entusiasmo. Há sempre formas de o fazermos. Seja a tempo inteiro ou parcial.

 

Reservar um bocadinho, todos os dias, para expressarmos a nossa criatividade, de uma forma que nos dê prazer, tranquilidade e alegria é fundamental para vivermos esta incrível experiência da Vida!

 

Os nossos talentos são para viver JÁ!!! E talvez tenhamos de ser criativos para arranjar tempo de o fazer, mas não dá para deixar "morrer" as coisas importantes e únicas que nos definem.

 

E se o que te definir for ter cabelo cor de rosa, DO IT!!! Telefona já à tua Cabeleireira e marca!

 

Que seca, esta coisa de termos de "encaixar no puzzle" monocromático da mesmice...

 

PINTA A TUA VIDA COM AS TUAS CORES PREFERIDAS!!!

 

O que é que gostam verdadeiramente de fazer? Estão a fazê-lo? E se não estão, porquê? O que é que vos está a retrair? O que de pior podia acontecer se se atrevessem?...

 

Pensem nisso... e coloquem nos comentários abaixo! ;)


Sejamos criativos, seja lá o que for que isso signifique para cada um de nós. :)

 

 

Seg | 09.04.18

O Alquimista: O Romance mais inspirador de todos os tempos

Sandra Sequeira

 

O Alquimista.jpg

 

Long story short: Este livro inspirou-me a avançar,

de facto, com a partilha deste blog.

(Sim, vai ser inevitável ver livros por aqui.)

 

O Alquimista de Paulo Coelho.

 

Já tinha ouvido falar, desde sempre, deste livro, mas estava longe de imaginar o quanto ele é ESPECIAL!

 

Diz a contracapa: "Este romance mágico de Paulo Coelho inspirou a admiração de leitores em todo o mundo, com uma simplicidade poderosa e uma sabedoria inspiradora, conta a história de Santiago, um pastor andaluz que viaja da sua terra natal para o deserto egípcio, em busca de um tesouro enterrado debaixo das pirâmides. Pelo caminho encontra uma cigana, um homem que se considera a si próprio rei, e um alquimista, cada um dos quais vai ajudar Santiago na sua demanda. O que começa por ser uma jornada em busca de bens materiais acaba por se transformar na descoberta do tesouro que existe em cada um de nós. A história de Santiago, com a sua tremenda riqueza humana, é um testemunho intemporal do poder transformador dos sonhos e da importância de escutarmos o coração."

 

Não sendo propriamente um livro de desenvolvimento pessoal, se estivermos atentos aos conceitos por trás de cada cena descrita, esta narrativa de ficção toca, com muita facilidade e profundidade, a nossa essência, fazendo-nos pensar no nosso percurso e nas nossas escolhas.

 

Faz-nos pensar especialmente no nosso propósito, na nossa "Lenda Pessoal", como diz o autor, Paulo Coelho.

 

Será que estamos a vivê-la? Será que temos coragem de a viver? Quantos talentos... quantos tesouros temos encondidos, bem enterrados, dentro de nós?

 

O Paulo Coelho acredita que todos temos um propósito e sabemos qual é. Podemos não estar a vivê-lo, mas todos o temos e sabemos qual é, mesmo que não o reconheçamos. Eu acredito que assim seja.

 

O problema, muitas vezes, é fecharmos os olhos a todos os sinais que nos aparecem na frente e dentro de nós.

 

Porque há coisas mais "urgentes" a fazer...

 

Há contas para pagar...

 

Há coisas que esperam de nós e seria muito egoísmo da nossa parte não corresponder a todas essas expectativas...

 

Há...

 

NÃO.

 

Não há coisas mais urgentes a fazer.

 

O mais urgente é VIVER!!!

 

Porque já estamos numa corrida para o fim, embora estejamos "iludidos" que temos ainda tempo para tudo.

 

Amanhã eu faço. Amanhã eu penso se vale a pena fazer... Amanhã... PODE SER TARDE!

 

Talvez nem dê tempo de lerem este texto todo... FAÇAM JÁ!!!

 

...

 

...

 

...

 

Continuam por aqui?... Ok. Pode ser que já estejam a fazê-lo... e isso é muito, MUITO BOM!

 

Mas se não estão, eu sei porque hesitam (como eu também hesito)...

 

Muitos de nós temos uma curiosidade, uma sede de saber que parece não caber num propósito apenas... Não nos agarramos a nada, mas tudo nos apaixona. Não temos só uma paixão... temos muitas paixões! Como um pássaro que não sabe ser feliz num só lugar e viaja, por toda a Terra, a vida inteira, sempre ao sabor da inspiração, à procura de algo que não tem nome... (chamam-nos de "Espírito Livre").

 

Também acho que, neste momento, com a globalização, as redes sociais, etc. o problema é pensarmos que o nosso propósito não é importante o suficiente. Afinal existem tantas pessoas a fazerem coisas incríveis (really; com tantos blogues com uma qualidade fantástica e, no entanto, vocês estão aqui aqui, a passar estes preciosos minutos do vosso dia)...

 

Com o bombardeamento de informação que hoje temos, é impossível não acabarmos por fazer comparações. Nesse aspecto, as redes sociais fazem um excelente trabalho a "lavar-nos" o cérebro (sujá-lo, entenda-se...).

 

Então, para quê tentar se já foi feito? Para quê tentar se não é inovador? Para quê tentar se sabemos que não vai ser "melhor" do que o que já foi feito?

 

Tudo falsas questões!!!

 

Não tem de ser a melhor coisa já feita. Não tem de ser um propósito que vá mudar o mundo; raios, não tem sequer de ser conhecido!

 

Uma árvore no meio da floresta, pode nunca vir a ser fotografada, ou sequer vista por humanos... mas tem um papel fundamental nessa floresta e no ar que respiramos. Pode inclusive ser abrigo de pássaros e insectos!

 

Nós nunca sabemos o real impacto que temos no mundo, mas ele acontece. De uma maneira ou de outra, mesmo de maneira subtil, ele acontece (In a gentle way you can change the world - Mahatma Gandhi).

 

Não somos tão importantes como pensamos, nem o contrário! Somos a medida certa na imensidão das nossas imperfeições.

 

Temos que ter mais fé em nós próprios. Temos que acreditar mais na história que trazemos no coração do que na história que nos querem "vender" em prol da "estabilidade"...

 

Sabem o que a estabilidade e um unicórnio têm em comum?... Sim, isso mesmo que estão a pensar (they are not real!!!).

 

Este livro é de uma leitura cativante. Simples. Emotivo. Tem apenas 190 páginas e é de fácil leitura para qualquer pessoa, contudo, tem grandes mensagens, se estivermos atentos.

 

É um pequeno baú cheio de tesouros. Acreditem!!!

 

Como curiosidade, Paulo Coelho escreveu O Alquimista em duas semanas e o livro não vendia quando foi inicialmente publicado, em 1988. Parece mentira, mas é verdade! O livro que é hoje um dos mais vendidos do mundo, tendo sido traduzido/publicado já em 70 línguas!!!

 

Podem ver a entrevista que a Oprah Winfrey fez ao autor, nas suas Conversas Super Soul, aqui: https://www.youtube.com/watch?v=iWXvxcbr24g&feature=share (1ª parte) e aqui: https://www.youtube.com/watch?v=S6zgkxsUXuI&feature=share (2ª parte).

 

Quem já leu, diga nos comentários abaixo o que acharam :)

 

Quem não leu... agarre uma cópia! Fica aqui o link de onde veio o meu: https://www.wook.pt/livro/o-alquimista-paulo-coelho/14662983

 

Se não conseguirem esta edição especial comemorativa dos 25 anos do livro (a capa desta edição de 2013 é lindíssima), aqui fica a alternativa: https://www.wook.pt/livro/o-alquimista-paulo-coelho/80681 

 

Boa leitura! ;)

 

 

 

Seg | 02.04.18

As "maravilhas" de ser-se Introvertido

Sandra Sequeira

 

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Nada mais justo que dar, logo no início, um insight das "maravilhas" de ser-se INTROVERTIDO.

 

Primeiro de tudo, vamos lá clarificar o que significa ser-se introvertido ou extrovertido.

 

Uma das definições mais usadas e simples é que o Introvertido é aquele que se vira para o mundo interior, enquanto que o Extrovertido é aquele que se vira para o exterior. 

 

Os introvertidos inclinam-se mais para a reflexão, enquanto que os extrovertidos se debruçam mais para acção.

 

Isto, na prática, não é a "preto e branco". Ninguém é 100% introvertido ou extrovertido (ainda há um outro conceito que está no meio: ambivertido). 

 

E eu não gosto de rótulos, mas há uma tendência. Tal como há uma tendência para sermos direitos ou canhotos (felizmente que hoje ninguém obriga as crianças a escreverem com a mão direita quando a tendência deles é usar a mão esquerda; ou será que isso ainda se usa?!?...).

 

A tendência para a introversão ou extroversão depende de como recarregamos energia, como recebemos informação, como tomamos decisões e como vivemos a vida (isto há-de ser explorado em algum futuro post). Não há certo ou errado. Apenas são tendências que se revelam de maneira distintas.

 

Uma coisa é certa: na escala de introversão, de 1 a 10, eu ando lá nos 8 (possivelmente mais perto do 10 em alguns dias...). E dei-me conta disso bem cedo, que é como quem diz: desde que me conheço por gente!

 

Eu era do tipo que não largava as saias da mãe (ou as calças do pai) quando saíamos para algum lado que envolvesse estar com outras pessoas e mesmo crianças da minha idade. Basicamente, era como se os meus pais tivessem adotado uma extraterrestre. Poucas confianças à primeira...

 

E a coisa não melhorou depois da primeira década de vida. Ainda há pouco tempo a minha mãe fez questão de relembrar-me, numa conversa entre amigos, que teve uma queixa de um Diretor de Turma que dizia que eu "não falava" nas aulas (acho que, nessa altura, de 1 a 10, eu devia ser um 13 na escala...)!

 

Portanto, já aí, a pressão começou.

 

Existia uma frase monstruosa, quando eu andava no ensino Básico e Secundário: Professor - "Sandra, ao quadro."

Eu, dentro da minha cabeça, a gritar, lá bem do alto da minha introversão - NÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 

 

É que o maior desconforto de se ser introvertido, é o facto da sociedade constantemente puxar-nos para algo que não nos é natural.

 

Não, nós NÃO gostamos de ir ao quadro (que é o mesmo que dizer: destacarmo-nos dos outros).

Não, nós NÃO gostamos de falar em público.

Não, nós NÃO gostamos de trabalhos de grupo... 

 

E só quem é introvertido sabe O PESADELO que é ser introvertido na adolescência!!!

 

É que a adolescência, por si só, já é uma fase conturbada, mas juntando-se a introversão, a coisa vai para outro nível... 

 

Começando pelo facto de passares anos, de segunda a sexta-feira, num espaço com centenas de pessoas... Onde existem grupinhos de desportistas, de hit girls, de génios matemáticos, de bullies... e claro que não te inseres em nenhum deles (pode ainda é algum bullie "inserir-te" um belo pontapé no rabo).

 

É viver como peixe fora de água. Não encontro definição que melhor se aplique.

 

Mas se estás nessa fase, respira, que a coisa melhora (sem ironias).

 

Hoje, eu tenho verdadeiro prazer em ser introvertida. E isto levou-me um bom tempo a conseguir. Talvez porque não tive quem me dissesse: "Tu és introvertida. E está tudo bem! Tu não és um ser do outro mundo. Isto é apenas a tua natureza e tu és uma entre milhões."

 

E esta é uma das maravilhas de vivermos hoje numa aldeia global. Conheces conceitos, conheces pessoas com os mesmos dilemas e aprendes a dar a volta a questões que podem ser problemáticas, mas não são verdadeiramente um problema. A sociedade é que nos leva a crer que assim seja.

 

Dito isto, os introvertidos continuam a ser "mal vistos". Frequentemente são conotados como snobs, sem graça e sem opinião. Nada mais errado. Nós estamos bem atentos, temos a nossa opinião e reservamos o nosso humor para as pessoas que nos são especiais. E quem nos conhece bem, sabe que até fazemos a festa sozinhos!

 

E essa é uma outra IMPORTANTE questão para um introvertido. Nós gostamos, ou melhor, PRECISAMOS estar sozinhos. É assim que recarregamos energias. Claro que precisamos de contato humano. Claro que precisamos da nossa família e dos nossos amigos! Aliás, embora não tenhamos a maior das facilidades em demonstrar, nós valorizamos muito as nossas pessoas especiais. Mas, por favor, não nos levem a mal se ficarmos uns tempos sem darmos notícias... Não estamos zangados, não estamos deprimidos... Só estamos a recarregar energias para depois não nos "passarmos" por tudo e por nada (em última instância, para não nos tornarmos um serial killer  :P ).

 

Com a própria família a coisa não é fácil. Se és introvertido/a e pelo menos um dos teus pais é extrovertido, tu sabes bem do que é que eu estou a falar... E acredito que se és introvertido/a e tens filhos extrovertidos, também deves entrar em desespero algumas vezes!...

 

Isso faz-me pensar nas manhãs de um introvertido com um extrovertido na mesma casa... Isso, por si só, dá um post inteiro!

 

Muito há para dizer sobre este tópico da introversão...

 

Fazê-lo de uma assentada seria, no mínimo, pouco prático. Por isso, isto é assunto a ser explorado em profundidade em futuros posts.

 

Visitantes do Habitat, são da tribo dos introvertidos ou dos extrovertidos?

 

Acusem-se nos comentários abaixo! ;)

 

 

 

Dom | 01.04.18

Abrindo as portas do meu Habitat...

Sandra Sequeira

Apresentaçãofinal.jpg

 

E, finalmente, tive coragem! 

 

Cá estou, a criar o blog que tantas vezes me passou pela cabeça nos últimos anos e que alguns amigos, de vez em quando, me sugeriam… que nunca via a luz do dia por vários motivos.

 

O primeiro é mesmo a inspiração que deu nome ao blog: introversão. Então, afinal, como é que uma introvertida sente este impulso de partilhar o que a inspira e as suas ideias com o mundo? Não tenho a resposta (imediata) para essa pergunta, apenas tenho o reconhecimento de que somos autênticas “contradições ambulantes”.

 

O segundo é um traço de personalidade que, erradamente, muitas pessoas consideram como uma qualidade: perfeccionismo. No meu caso pessoal, o perfeccionismo já me fez perder algumas oportunidades e procrastinar muitos projectos. Só mais tarde vim a perceber que é melhor fazer algo imperfeito do que nunca chegar a fazer nada.

 

O terceiro: receio de ter de lidar com a crítica (especialmente vivendo numa ilha). O que até nem faz muito sentido, tendo em conta algumas decisões pouco óbvias (to say the least) que tenho tomado na minha vida pessoal, sem me preocupar com opiniões externas.

 

Penso que quando alguém, que gosta de escrever, pensa em criar um blog ou escrever um livro, depara-se com ideias pré-concebidas de auto-sabotagem:

 

- Não tens talento ou conhecimentos suficientes para fazer isso.
- Já muitas pessoas fazem isso e fazem-no muito melhor do que tu.
- Quem é que tu pensas que és para estares a expôr-te dessa forma?

 

Daí, temos de dar dois passos atrás e pensar no verdadeiro motivo porque o queremos fazer. Queremos fazê-lo para ter validação externa (motivo perfeitamente lógico se quiseres vender a tua marca, o teu produto), ou porque queremos viver, fazer e ser o que está na nossa essência? 

 

E se é por este segundo motivo, porquê ter receio de o fazer? Porquê a necessidade de perfeccionismo? 

 

Que tal fazer porque sim? Porque estamos vivos e o momento é AGORA... Porque essa ideia nos atrai há tanto tempo que a única coisa razoável a fazer é fazê-lo... 

 

It´s not a big deal! Trata-se apenas de ter o meu espaço de criatividade a partilhar com o mundo.

 

No pressure! (Até porque, provavelmente, serão três ou quatro amigas minhas a seguir este blogue :P) 

 

É uma nova experiência e confesso que isto vai ser uma espécie de jazz de improviso (afinal, estes são os meus primeiros passos à luz da blogosfera) mas, além de deixar aqui a minha marca digital e escrever sobre tudo o que me apetece (porque dão-me uns acessos incontroláveis para o fazer muitas vezes), esta é uma maneira de viver tão intencionalmente quanto possível as minhas paixões, ser destemida na minha autenticidade e viver uma vida cada vez mais alinhada com a minha essência (quem sabe eu possa inspirar alguém a fazer o mesmo)...

 

Alguns dos temas que me inspiram:

- Auto desenvolvimento;
- Criatividade;
- Livros;
- Minimalismo;
- Hygge;
- Meditação;
- Yoga;
- Reiki;
- Self-care;

 

Neste momento não sei se me vou orientar muito para isso neste espaço mas, nada impede que apareça também por aqui alguma dica mais prática sobre:

- Casa/Decoração;
- Comidas/Bebidas;
- Ponto de cruz/Costura;
- Moda/Maquilhagem...


Outro dos motivos que me levou a procrastinar tanto a criação deste blog fica agora também à vista. Tenho demasiados pontos de interesse (ainda podia mencionar Música, Cinema, Teatro, etc…)! O que, para um blog, me parece contraproducente, mas whatever!

 

Vou passar um bom bocado com a inspiração, que é esse o meu compromisso.

 

Eu vivo muito dentro da minha cabeça (é uma coisa de introvertidos) e criei este "habitat" para "materializar" esse mundo.

 

And here it is!!!

 

Se por cá passarem, espero que possam identificar-se com algumas coisas, retirar algumas ideias positivas para vocês e partilharem algumas ideias vossas comigo!

 

O Habitat terá novidades todas as segundas-feiras.

 

Aos curiosos que tenham cá entrado, sejam muito bem vindos e convido-vos a subscrever o blog, para me acompanharem nesta experiência! :)

 

And if we vibe, we vibe... ;)