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No Habitat de uma Introvertida

Aqui partilho com o mundo tudo o que me inspira e faz parte da minha vida criativa. E se és introvertido/a é provável que aqui te sintas em casa. "I have no special talents. I am only passionately curious." - Albert Einstein

No Habitat de uma Introvertida

Aqui partilho com o mundo tudo o que me inspira e faz parte da minha vida criativa. E se és introvertido/a é provável que aqui te sintas em casa. "I have no special talents. I am only passionately curious." - Albert Einstein

Seg | 29.10.18

O sentimento de Culpa dos Introvertidos

Sandra Sequeira

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Eu tinha planeado falar hoje do Halloween... Mas... Shit happens!

 

E apetece-me fazer um desenvolvimento de uma coisinha que mencionei no post da semana passada. 

 

O sentimento de culpa de um(a) introvertido(a).

 

A coisa é séria!

 

Felizmente, com a idade e com outra consciência de quem eu sou e do que se passa à minha volta, esse sentimento tem vindo a diminuir.

 

Mas nem sempre tem sido algo fácil de gerir.

 

Por exemplo, os Domingos.

 

Sim, os Domingos podem ser carregadinhos de culpa para um(a) introvertido(a).

 

Domingo é, por tradição, o dia de passar tempo com a família. Porém, também é um dia que um(a) introvertido(a) adora passar inteirinho, de pijamas, em casa, depois de toda a estafa das limpezas de sábado e de uma longa semana de trabalho fora de casa.

 

Então dá-se o dilema: Vou separar-me do meu pijama, aperaltar-me, abandonar a minha "caverna" e fazer o circuito familiar, ou abraço, sem remorsos, o(a) introvertido(a) que há em mim e aceito o rótulo de ovelha negra, egoísta, que nem ao Domingo vai visitar a família?...

 

Hard choices...

 

Nós amamos a nossa família como qualquer outro ser humano, mas o Amor não flui bem se não tivermos o nosso tempinho sozinhos para recarregar energias.

 

We get so out of balance if we don´t have that!!!

 

Ou fins-de-semana pouco produtivos.

 

Passamos a semana a pensar nas mil coisas que vamos concretizar no fim-de-semana mas, depois, às 16h00 de Domingo, começamos a sentir um enorme nó no estômago porque, afinal, não fizemos metade das coisas que tinhamos pensado. 

 

E está quase na hora de começar a pensar o que é que vamos fazer para o jantar, para já deixar também feito para o almoço de segunda-feira...

 

Que, dependendo se gostamos mais ou menos do que fazemos para ganhar a vida, pode gerar aquela ansiedadezinha do: Oh, não... Eu não quero ir trabalhar amanhã!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

 

E depois olhamos para as coisas que não chegamos a fazer e só pensamos: "Mas porque é que eu não sou mega energénico(a) e mestre na arte de gerir o meu tempo???... "

 

Ou recusa de convites.

 

Que é como quem diz, na maioria das vezes, largar uma desculpa para não aceitar ir aqui ou ali ou fazer isto ou aquilo.

 

Há uma coisa que os introvertidos amam com uma intensidade mordaz: NÃO TER PLANOS!

 

E "estragar" o plano de não ter planos, é daquelas coisas que nos chateia.

 

Como por exemplo na sexta-feira, que passamos a suspirar por chegar a casa e ter aquela tríplice maravilhosa de jantar, banho e tempo livre, quando nos telefonam a dizer: "Epá, vamos jantar fora hoje e vamos ali e vamos fazer isto..."

 

NÃO!!!

 

Sim, nós queremos que nos convidem... mesmo! Mas ao menos com dois diazinhos de antecedência para nos prepararmos psicologicamente que o serão de sexta-feira não vai ser pijama, pipocas e netflix (no meu caso, YouTube).

 

Is that too much to ask?...

 

Mas vai que temos a cara de pau de dizer que não podemos, que temos já outros planos... Na nossa cabeça, lá começa o diabinho no ombro a dizer: Pá, amiga desnaturada... Convidam-te e não vais para estares a aqui a fazer nada... É por isto que tens poucos amigos... Andas sempre metida na "caverna"... Qualquer dia esquecem-te e morres aí e os vizinhos só dão por isso três meses depois, quando o cheiro ficar insuportável!

 

AHHHHHHHHHHHHHHHHH!

 

Shut the fuck up!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

 

Eu tenho amigo(a)s maravilhoso(a)s que me aceitam tal e qual como eu sou!

 

E tenho o meu "Marinheiro" que me aceita também assim!

 

Pois é mas, ainda assim, também há aquele sentimento de culpa de não dar "atenção" suficiente.

 

Para um introvertido partilhar a vida/casa com alguém, uma coisa é certa: essa pessoa pode-se gabar que é ESPECIAL.

 

Quando um introvertido troca a sua maravilhosa solidão pela companhia de outra pessoa... a coisa é séria! 

 

Contudo, manter um bom equlíbrio entre partilhar a vida com alguém e ter me time não é fácil!!!

 

Falo por mim que sou uma curiosa insaciável, àvida por tudo o que seja relacionado com desenvolvimento pessoal (o que implica infinitas horas passadas entre livros e vídeos de YouTube), que adora fazer os seus rituais de meditação e reiki...

 

E como se isso não fosse suficiente, entre o trabalho fora e os afazeres da casa, ainda tem um blogue onde escreve semanalmente!

 

That´s one crazy bitch...

 

E, sim, eu tenho que ser chamada à "terra" algumas vezes. Porque quando gosto de fazer alguma coisa, torno-me obsessiva e esqueço-me de todo o resto à minha volta. Digamos que "abandono" o planeta muitas vezes! :P 

 

Devo dizer que sou profundamente grata a todas as pessoas que me conhecem e amam tal qual eu sou, sem me cobrarem nada. 

 

Amor incondicional. Nem todos sabem o que isso é.

 

Porque quando nos cobram, nós não conseguimos deixar de ser quem somos... apenas ganhamos um enorme sentimento de culpa.

 

E se alguém o faz por "maldade" simplesmente, para que nos sintamos mal, eu conto-vos um segredo: Vocês não precisam gastar a vossa energia nisso!

 

Nós já nos martirizamos bastante a nós próprios, por não correspondermos muitas vezes às expectativas que nos são colocadas.

 

Os introvertidos são os seus piores críticos. 

 

I can guarantee you this!

 

 

Imagem: No Habitat de uma Introvertida

 

Seg | 22.10.18

Os Introvertidos e a Tristeza

Sandra Sequeira

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Oh, Sandra...

 

Que assunto mais triste!!!...

 

Well... Este tema foi-me sugerido por uma querida seguidora/amiga e já estava em falta com ela a long time ago (custou a acontecer mas, cá está)!

 

A ideia surgiu um pouco do "mito" de os introvertidos parecerem tristes, andarem tão sozinhos e tal...

 

Quando ela me falou nisto, automaticamente, o meu cérebro foi buscar um momento e uma frase, há muitos anos "enterrados", que vieram à superfície, à velocidade da luz.

 

Certa tarde, um adulto, que me era próximo, disse-me: "Tu pareces uma criança triste..."

 

...

 

O comentário deixou-me, obviamente, sem saber o que responder, como deixaria qualquer uma pessoa não adulta, mas já com a sua personalidade, ideías e questões... Mas, confesso que, no fundo, eu sabia que o comentário tinha fundamento.

 

Só não sabia o porquê!!!

 

Eu, desde cedo, sentia-me "diferente". Sentia que não "encaixava". Sentia-me "desenquadrada". 

 

E, desde cedo, tinha já uma necessidade enorme de profundidade em tudo e, por isso, guardava muito para mim, como defesa da superficialidade com que o mundo e as pessoas funcionavam.

 

Claro que não tinha esta perceção clara. Tinha era muitas questões, muitas dúvidas e a sensação de "não pertencer".

 

Never feeling good enough!

 

Se este é o "fardo" de todos os introvertidos, eu não sei. Mas este era o meu.

 

E a minha "protecção" era preservar-me e parecer impessoal, sem ter nada a acrescentar nos debates (lembram-se do post em que disse que o Diretor de Turma fez queixa de mim que eu não falava nas aulas?...).

 

Eu podia dizer que a Tristeza nos Introvertidos é um mito...

 

E a minha primeira reação seria dizer isso mesmo!

 

Verdade seja dita, nós divertimo-nos muito, mas não fazemos propriamente questão que todo o mundo saiba... 

 

O gostarmos de estar sozinhos, pode parecer estranho para quem não gosta, mas é autêntico!

 

E vivemos intensamente as emoções do lado de dentro, apesar de podermos parecer pouco entusiasmados no que toca a demonstrá-lo.

 

Mas mentia se dissesse que não sofri muito pela dificuldade que tinha em fazer amigos.

 

Mentia se dissesse que não sofri por criar "muralhas" enormes quando gostava de algum rapaz, só para ele não perceber o que eu sentia.

 

Mentia se dissesse que ser Introvertido é a coisa mais divertida do mundo!

 

Não. Não é.

 

E eu levei muitos anos para gostar de ser como sou. Levei muitos anos a sentir-me bem na minha pele e a aprender a disfrutar muito disso.

 

Eu tinha a minha alegria, normal de qualquer criança, adolescente... mas era uma alma triste, de facto. Com demasiados pesos na minha mente para a idade que tinha. 

 

Isso tudo, com o passar dos anos, foi-se tornando gradualmente mais leve. 

 

Costumo dizer que nasci uma velha (com o peso de uma vida) que está a ir para bébé (alegria sem constrangimentos).

 

Se é assim com todos os introvertidos? Se calhar não. Mas é assim que tem sido comigo.

 

Eu acho que tenho a sorte de ser uma curiosa e ter tido conhecimento deste conceito de ser Introvertida. 

 

Ajudou-me a desmistificar muitas das limitações que eu achava que tinha e a desvalorizar muita da culpa que eu sentia, apenas por ser como era.

 

Acredito que isto não é assim com todos... E, em muitas situações, há motivos para família e amigos se preocuparem com alguém que se revele triste e isolado.

 

É sempre bom estarem atentos e o principal é terem uma mente aberta o suficiente para que uma pessoa introvertida se sinta segura para partilhar o que sente e o que se passa no seu dia-a-dia.

 

(Infelizmente, mesmo inconscientemente, muitos adultos incutem às crianças esta necessidade de se isolarem por não se sentirem aceites exatamente como são... o que provoca sérias feridas emocionais, que só na idade adulta são detetadas e curadas, ou não...)

 

Mas num introvertido "saudável" acostumem-se a que eles não partilhem as coisas mais profundas convosco.

 

Simplesmente temos um MUNDO bem nosso, que só partilhamos com pessoas que sentimos estar na nossa "frequência". 

 

Na verdade, nós temos tanto para dizer... Mas quando percebemos que não vamos ser compreendidos. quando percebemos que as nossas idéias vão parecer completamente "fora da caixa", nós preferimos estar calados.

 

E depois há a própria dificuldade em articular isso por sons, que é como quem diz: palavras a sair pela boca fora. 

 

Somos akward, and that is ok (that´s why I write)! 

 

Se calhar, o semblante "pesado" dos introvertidos, é apenas a total transparência das tantas vezes que nos sentimos frustrados, por sentirmos que o mundo lá fora é tão diferente do que vivemos do lado de dentro.

 

Somos eternos outsider´s neste mundo que valoriza a exposição, a acção, a competição...

 

E um introvertido não se sente motivado com nada disso.

 

Nós queremos profundidade em cada coisa simples.

 

We are the wanderers, the searchers, the daydreamers!

 

So let us be!!!

 

Nós não somos tristes. Mas reside em nós a tristeza do mundo parecer tão mais cinzento do que nós sabemos que ele é, em todo o seu potencial.

 

O desafio dos introvertidos é saber transpor os próprios limites para trazer ao mundo todas as cores que vivem dentro de nós...

 

So, if you feel you are an Introvert... BE BRAVE AS MUCH AS YOU CAN, but don´t feel guilty if you just want to be in your cave ;)

 

 

Imagem: No Habitat de uma Introvertida

 

Seg | 15.10.18

Feeling so far from the shallow now...

Sandra Sequeira

A STAR IS BORN.png

 

A Star is Born... Em Portugal "Nasce uma Estrela", esteve em cartaz na semana passada nos cinemas.

 

Eu gostaria muito de dizer que esta segunda-feira trago uma review do filme... mas nop.

 

Isto de viver numa ilha, nem tudo são rosas...

 

Na minha ilha temos cinema só uma vez por mês e só nos meses de Outono/Inverno (e por votação, imagine-se!)... Portanto, exibição nas semanas de estreia, está fora de questão.

 

Mas nem por isso deixei de andar toda a semana passada completamente obcecada por este filme, ou melhor, pela banda sonora (gratidão por essa plataforma maravilhosa que dá pelo nome de YouTube)!

 

Coitado do "Marinheiro"... Eu quando cismo com uma música... Ui!!!!!!!!!!!!!!!!!!

 

É dia e noite e noite e dia, sempre a mesma "batida", non-stop!

 

Sou aquela pessoa que se vicia numa música e enquanto não a ouve umas mil vezes, não descansa!!!

 

E desta vez a "droga" de eleição foi especialmente a música Shallow interpretada pela Lady Gaga e pelo Bradley Cooper, protagonistas do filme.

 

Em primeiro lugar: Wow Bradley!... Não te bastava ser bonito, excelente Actor e agora também és Realizador (este filme foi a estreia dele como Realizador) e ainda és Compositor Musical e Cantor! Mas CANTAS MESMO!!!... 

 

Em segundo lugar: Eu nunca fui uma little monster, como a Lady Gaga carinhosamente trata os seus fãs... Ok, até admirava a criatividade e o facto de ser arrojada... Muito mérito por ser a intérprete que é... Eventualmente até já posso ter cantarolado alguma música dela no duche... Mas hey!!! Depois de ver o trailler do filme e várias entrevistas que ela deu no âmbito da promoção deste filme... Confesso que estou fascinada pelo lado humano e humilde que ela revelou com este trabalho (e dizem as críticas que a performance dela foi de tal forma excecional que é certa a nomeação para o Oscar de Melhor Actriz)!

 

Mas voltando à música, a letra prendeu-me logo nos primeiros versos interpretados pelo Bradley Cooper:

Tell me something, girl...

Are you happy in this modern world?

Or do you need more?

Is there something else you´re searching for?...

 

Porque basicamente, eu sempre fui e acho que sempre vou ser aquela eterna curiosa, sempre à procura de mais, sem saber bem o quê... mas com sede de descobrir mais de mim, do mundo, do desconhecido!...

 

I am always (silently) searching... always!

 

Não pela Felicidade... A Felicidade para mim não é um Destino; é a VIAGEM!

 

Mas sim pelo Conhecimento e a Compreensão de toda esta complexidade que é estarmos aqui e qual o nosso Papel, a nossa Missão.

 

E essa procura não termina nunca!

 

Porque assim que eu descubro uma resposta, logo o Universo me faz outra pergunta que me faz mergulhar cada vez mais fundo neste eterno enigma que é a Vida.

 

Não menos interessantes são os versos seguintes, interpretados pela Lady Gaga:

Tell me something, boy...

Aren´t you tired trying fill that void?

Or do you need more?

Ain´t it hard keeping it so hardcore?...

 

A Sociedade faz-nos crer que precisamos de tantas coisas que não nos preenchem... Que precisamos fazer tantas coisas que na verdade não nos interessam...

 

E muitas vezes vamos fazendo e vamos adquirindo e a satisfação dura tão pouco...  

 

Existe tão, mas tão mais do que está à vista e nós sabemos disso... Mas muitas vezes andamos às voltas num estado sonâmbulo... a sentir um vazio que muitos de nós tentamos preencher com excessos (drogas, comida, jogo, sexo, Internet... whatever).

 

Ficamos viciados nas distracções, porque muitas vezes lidar com as questões fundamentais é demasiado doloroso...

 

São mecanismos de defesa inconscientes... E mesmo quando estamos Conscientes, levamos às vezes muito tempo para perceber sequer quais são as verdadeiras questões!

 

Porque a preocupação de termos all of our shit together é tanta... A mais tonta ilusão!

 

Porque temos de ser super eficientes, tanto no trabalho como em casa; porque temos de ter uma imagem impecável em todas as ocasiões; porque temos de ser demasiado "bons" para dar segundas oportunidades a alguém que fez asneira; porque seria muita fraqueza da nossa parte pedir desculpa pela "merda" que fazemos; porque sorrir para um desconhecido pode dar a idéia errada; porque chorar diante de alguém faz-nos parecer ridículos...

 

Credo... que canseira!...

 

E porquê?... Pela aparência?... Para tentarmos ser do "tamanho" do nosso ego?...

 

Será assim tão importante essa superficialidade, quando a essência é tão mais fácil e interessante de viver...

 

Talvez não seja tão fácil assim... Mas mais interessante é de certeza!!!

 

Não sei se talvez porque nos últimos anos tenho vindo a "despir" várias camadas de tantas coisas que já não me servem física e espiritualmente e sinto que estou cada vez mais longe do "superficial", esta música mexeu comigo!

 

I´m falling

In all the good times I find myself longing for change

And in the bad times I fear myself...

 

I´m off the deep end

Watch as I dive in

I´ll never meet the ground

 

Crash through the surface

Where they can´t hurt us

We´re far from the shallow now...

 

 

Meninos e meninas que foram ver o filme... Inveja "branca" de vocês!!!

 

Porque "A Star is born" é o meu desejo cinematográfico deste Outono!

 

Quem tenha ido ver, comente o que achou, please!!!!!!!!!!!!!!!

 

 

Imagem: Google

 

Seg | 08.10.18

A Introvertida vai a Lisboa

Sandra Sequeira

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E finalmente fui de férias! Dizem que o melhor é esperar por elas...

 

NÃO CONCORDO!

 

O melhor mesmo é VIVÊ-LAS!!!

 

Adorava dizer que todos os anos vou de férias a um sítio diferente... mas não.

 

Aliás, há mais quatro anos que não saía de terras açorianas. 

 

Mas este ano a coisa deu-se e o vôo foi até Lisboa.

 

E venho encantada!

 

Quanta VIDA naquela cidade!!!!!!!!!!!!!

 

Dava por mim a sorrir como uma miúda deslumbrada.

 

Quanta diversidade cultural... estilos tão diferentes uns dos outros... 

 

Para quem vive numa ilha pequena como eu, é libertador acordar numa cidade tão grande, tão cheia de gente que não conheço e que não me conhecem... 

 

Fiquei instalada nas Avenidas Novas, mesmo em frente à estação de metro do Parque.

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No metro dava por mim a olhar para cada um daqueles rostos e a imaginar que histórias estariam por trás daquelas expressões de impessoalidade.

 

Pode parecer estranho mas, sendo introvertida, dava por mim a pensar que seria bem capaz de viver ali, onde todos estão demasiado ocupados com as próprias vidas para olharem sequer para mim... Mas sendo ao mesmo tempo um sítio cheio de diferentes energias.

 

A aventura começou no enorme Parque Eduardo VII.

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O Parque é LINDO e fiquei com uma nota mental que tenho de voltar quando se realizar lá a Feira do Livro!

 

A partir daí, fui sempre por ali abaixo até que parei a provar a melhor Ginginha de sempre e encontrei a grande Amália! 

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E por falar em Amália...

 

Fiquei absolutamente rendida à magia de Alfama!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

 

Senti-me dentro de um cinema!

 

As ruas estreitas, os degraus, as portas envelhecidas, as varandinhas com flores... 

 

Dei por mim a tocar parede por parede, para sentir as mil histórias de paixões, de desencanto, de risos, de lágrimas, de esperança e desespero que por ali já passaram...

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E imaginei também tantas outras histórias de amor e de ódio nas muralhas do Castelo com o nome da minha Ilha: São Jorge.

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Onde, no seu ponto mais alto, me senti tão pequena... 

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E desidratada! Ai, tantos degraus subidos e descidos sob um sol abrasador, como se estivéssemos em pleno mês de Julho ou Agosto!

 

Mas nada de dar parte fraca!!!

 

O segundo dia foi dia de Belém.

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Depois de comer o típico pastel, lá fui para a fila interminável de turistas que estavam à espera para entrar na Torre de Belém.

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De onde a vista sobre o rio é de ficar sem palavras...

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Devo dizer que fiquei pasmada com tanto turismo neste momento em Lisboa... Juro que a maioria das conversas que ouvi eram em língua estrangeira, o que me poderia fazer duvidar se estaria de facto em Portugal!!!

 

Mas confesso que no Cais de Sodré me senti portuguesa a 100%!

 

Eu, realmente, imaginei-me a viver ali na zona e a ir para ali com um livro, ou simplesmente com a minha bagagem mental e recarregar energias depois de um dia de trabalho ou num Domingo à tarde.

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E o dia acabou da melhor forma, no Chiado!

 

Cheio de gente e com música de rua... 

 

Ouvir aquela música de rua, com aquela luz do entardecer no Chiado é absolutamente hipnotizante! Não me apetecia sair dali nunca!!!!!!!!!!!!

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Mas o ar de desfalecida junto a Fernando Pessoa revelava já umas noites em branco (a "esquisitinha" da açoriana parece que estranhou o calor e o barulho nocturno da Capital...) e era preciso voltar a fazer mais uma tentativa, porque o dia seguinte era dia de Sintra!

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Dormir que teria sido bom, ZERO!

 

Acordei arrasadíssima, a precisar de litros de café para funcionar como uma turista cheia de pica para explorações.

 

Conheci as chamadas Padarias Portuguesas... Onde pequei. Pequei muito!!!!!!!!!!!!!!!

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Apesar dos meus "pecados", ainda não fui comprovar na balança mas, acredito que perdi uns quilos a subir e descer degraus nesta viagem!

 

Mas Sintra é linda!!! Colorida, pitoresca... 

 

Deslumbramento total no Palácio Nacional da Pena.

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Lá dentro, quanta história... móveis, louças, texturas... Mas encantou-me este átrio no interior do Palácio...

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Foi uma Pena ter de sair dali...

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E entre muitas viagens de metro, algumas de autocarro e outras de comboio, kilómetros que fiz a pé sem me dar conta, um passeio delicioso pela Ponte Vasco da Gama e pelo Parque das Nações, algumas compras, noites sem dormir e jantares com familiares que tenho em Lisboa, a viagem acabou com uma noitada no Hard Rock Cafe.

 

Sim, que a Introvertida também é "rockeira"! 

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A acabar da melhor maneira, com um Salted Caramel Coffee 

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E PUF!

 

De repente, acabam-se as férias!

 

Back to reality!!!

 

Foram dias inesquecíveis e que me abriram horizontes.

 

LISBOA... Foi um PRAZER! 

 

Até qualquer dia 

 

 

Imagens: No Habitat de uma Introvertida

 

Seg | 01.10.18

6 meses de Habitat...

Sandra Sequeira

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Hoje faz precisamente 6 meses que abri as portas deste Habitat... 

 

Enchi-me de coragem e dei o enter para torná-lo público (agora dá-me vontade de rir daquele pequenino aceleramento cardíaco que senti na hora H)!

 

E a única regra que incuti a mim própria neste espaço foi escrever todas as semanas. Todas as segundas-feiras ter algo para enviar ao Universo, por mais banal ou profundo que fosse.

 

Devo dizer que não sou uma pessoa muito consistente a seguir regras fora do âmbito profissional... mas... nisto, tenho conseguido (pelo menos até aqui)!

 

Hoje, apenas quero agradecer a todas as pessoas que sempre me incentivaram a escrever e a partilhar o que vibra aqui por dentro, antes sequer de eu criar este blogue, bem como as que, depois do blogue estar criado, me têm incentivado a continuar a fazê-lo e a ir ainda mais além deste espaço...

 

O que escrevo não agrada a todos e nunca foi esse o meu propósito.

 

O maior propósito da criação deste espaço foi sempre fazer algo que gosto (escrever), partilhar um pouco do meu espírito e viver o mais possível a minha autênticidade.

 

E há seis meses atrás eu não tinha a menor noção de até onde esse "atrevimento" me ía levar no meu auto conhecimento... Levou-me MUITO MAIS LONGE do que alguma vez eu imaginei!

 

E uma das maiores lições que aprendi nestes seis meses é que a nossa autenticidade cativa alguns e repele outros.

 

Quando nos atrevemos a ser autênticos, muitas verdades se revelam aos nossos olhos.

 

Nem todos os que pensávamos estar do nosso lado o estão de facto... e muitos para quem nos julgávamos indiferentes revelam-nos estar atentos... dão-nos encorajamento para sermos mais daquilo que somos... transmitem-nos uma maravilhosa EMPATIA!

 

Aprendi também que os meus bloqueios na escrita obrigam-me a "escavar" mais fundo e a descobrir coisas em mim que eu nem sabia que tinha...

 

A inspiração não é tudo. Há sempre algo dentro de nós a ser partilhado e quem gosta de escrever só tem é de o fazer! Se formos ficar à espera daquele momento maravilhoso de inspiração, pouco do que temos "cá dentro" virá cá para fora.

 

Algo que também tenho adorado é perceber que não estou sozinha!

 

Perceber que as minhas manias, os meus receios, o que me faz sorrir, o que me faz chorar, o que me faz vibrar, o que me faz querer fujir são as mesmas coisas que fazem tantas outras pessoas sentir o mesmo. 

 

É bom conhecer e agregar quem sente o que nós sentimos... quem vive este mundo da mesma forma...

 

Isso tem-me feito perceber o quanto somos especiais!

 

Quando não encaixamos no mundo, é sinal que estamos aqui para criar um novo mundo...

 

E vejo isso agora tão claramente... e faz-me sorrir... e faz-me FELIZ!!!

 

Neste momento estou de férias em Lisboa, numa aventura que finalmente me permiti viver: uma girls trip (juro que não foi de propósito para festejar os 6 meses do blogue, mas... é mais uma desculpa para fazer um brinde extra)!

 

E além de agradecer a quem visita este Habitat, quero dizer-vos algo muito IMPORTANTE:

 

VIVAM OS VOSSOS SONHOS!

FAÇAM O QUE VOS FAZ FELIZES!

CUIDEM-SE COM MUITO CARINHO!

E FAÇAM-NO JÁ!!!

 

Acima de tudo, NÃO TENHAM RECEIO DE SER QUEM SÃO E DE SE CONHECEREM!!!

 

Abraço enorme a cada um de vocês! :) 

 

 

Imagem: No Habitat de uma Introvertida